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Cúpula do G20 começa com impasse sobre declaração final, ameaçando consenso do bloco - VIDA E PAZ

Cúpula do G20 começa com impasse sobre declaração final, ameaçando consenso do bloco

A Cúpula de Chefes de Estado do G20, que teve início nesta segunda-feira (18 de novembro de 2024) no Rio de Janeiro, enfrenta sérias dificuldades em chegar a um consenso sobre a declaração final, com tensões surgindo entre as principais economias do mundo. A Argentina, representada pelo presidente Javier Milei, tem sido uma pedra no caminho das negociações, contestando diversos pontos da pauta e colocando em risco a aprovação de um documento conjunto. Caso o impasse persista, a falta de uma declaração final representaria um golpe diplomático significativo para o Brasil, que preside o grupo até o final de novembro, além de enfraquecer a imagem do G20 como fórum de cooperação global.

O bloco, que reúne as 19 maiores economias do planeta, mais a União Europeia e a União Africana, começou o encontro com uma série de questões pendentes que dividem os países desenvolvidos e em desenvolvimento. Um dos pontos mais delicados envolve o financiamento climático, defendido de forma enfática pelas nações em desenvolvimento, mas que encontra resistência por parte dos países do G7. Esta divisão revela uma clara tensão entre os interesses do Norte Global e do Sul Global, com o Brasil tentando mediar um caminho entre as partes.

Nas últimas semanas, as discussões entre os sherpas – os negociadores de cada país – e outros representantes dos governos se intensificaram, com rodadas de reuniões preparatórias realizadas para encontrar um denominador comum. Apesar de as reuniões ministeriais anteriores terem levado à aprovação de documentos consensuais, a expectativa de que o encontro desta vez fosse mais fluido foi frustrada pela postura de Milei e pela polarização crescente entre as economias mais ricas e as em desenvolvimento. A Argentina tem se mostrado particularmente inflexível em relação ao financiamento climático, exigindo que os países mais ricos cumpram suas promessas de financiamento para mitigar os efeitos da mudança climática, algo que não tem sido atendido em suas expectativas.

Além disso, as divisões internas dentro do G20 refletem uma realidade mais ampla de como o bloco, criado para facilitar a cooperação econômica global, tem sido cada vez mais desafiado a encontrar soluções para problemas globais complexos. O Brasil, que assumiu a presidência do G20 em dezembro de 2023, tem procurado conciliar os interesses divergentes, mas o caminho parece cada vez mais árduo. Com a cúpula marcada para encerrar na próxima semana, a pressão sobre os líderes aumentará, e o Brasil poderá se ver em uma posição delicada se não conseguir superar o impasse.

A cúpula, que conta com a presença de chefes de Estado de países como os Estados Unidos, China, Índia, Alemanha e Rússia, promete ser um teste de resistência diplomática. Em um momento de crescente polarização global, a capacidade do G20 de articular consensos será posta à prova mais uma vez. Enquanto isso, a África do Sul já se prepara para assumir a presidência do bloco, com a responsabilidade de tentar restaurar a unidade e a eficácia de uma das maiores plataformas de diálogo internacional.

Por Jornalista Edison Lenn (RG: Prof. 16430)

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